Atualizado em 6 de janeiro de 2019

Nós fizemos esse passeio para o Vale dos Vinhedos com a empresa HS Turismo, mas ele pode (e deve) perfeitamente ser feito de forma independente com um carro alugado. O passeio se chama Tour Uva e Vinho e seu roteiro passa por várias cidades da região. São elas: Carlos Barbosa, Garibaldi e Bento Gonçalves, encerrando com o passeio de Maria Fumaça.

Como foi o passeio pelo Vale dos Vinhedos

O nosso grupo era pequeno. Devia ter no máximo umas 12 pessoas, o que facilitava o passeio em si. O tour começou em Carlos Barbosa, uma cidade pequena onde a maioria dos moradores trabalha na fábrica da Tramontina. Começamos visitando uma loja chamada Fetina de Formagio. Sabe aquela paradinha tipicamente feita para turista gastar dinheiro disfarçada de degustação de queijos e salames? Então, foi isso. Passado esse momento, fomos até a mega loja da Tramontina. Ok. Mais uma paradinha para turista gastar dinheiro. A loja é realmente enorme e contém muitos itens que você pode custar a achar facilmente por aí. Mas sinceramente? Não vale a pena. O preço não compensa muito e não é muito diferente de você comprar pela internet.

Entrada para a loja da Tramontina. Parece até entrada de Shopping.

Vale dos Vinhedos: Garibaldi e a Vinícola Peterlongo

Seguimos viagem em direção à cidade de Garibaldi para os “finalmentes”: VINHEDOS!
Fizemos parada na Vinícola Peterlongo, que foi a primeira vinícola brasileira autorizada a utilizar o termo “champanhe” no país. Durante a visita a sommelier explica a história do champanhe no mundo e mostra um pouco do processo de produção local.

Vinícola Peterlongo
Entrada da Vinícola
Barris de armazenamento

A visita se encerra na lojinha da vinícola com uma degustação do principal champanhe da casa.
Até então, nada de especial no passeio. Sabe quando você começa a se perguntar o por quê de não ter feito o passeio por conta própria? Então…

Degustação de Champanhe
Lojinha da vinícola
Registrando a visita

Almoço no restaurante Casa Di Paolo

Após a passagem pela Peterlongo, paramos para almoçar em um restaurante chamado Casa Di Paolo.
O local funciona com o sistema no estilo de “rodízio” de comida italiana. Vários itens são servidos à vontade na sua mesa: grelhados, massas, saladas, polentas, galetos, sopa e outros. O serviço também inclui sobremesa, que você pode escolher entre sagu, pudim ou ambrosia. Fui no simples, fácil e que não costuma ter erro. Pudim.

Veja nesse link todos os nossos posts sobre Gramado!

Restaurante Casa Di Paolo (Foto: Divulgação)

De barriga cheia e já um pouco mais conformada com o fato de que ainda iria enfrentar mais algumas horas de um passeio guiado que poderia ser melhor, resolvi abrir minha mente e meu coração para a próxima atração do tour: a Vinícola Miolo. Seguimos rumo à Bento Gonçalves para conhecer uma das maiores produtoras de vinho brasileira.

Vale dos Vinhedos: Bento Gonçalves e a Vinícola Miolo

A Miolo é uma vinícola grande e muito bem estruturada para receber um grande números de visitantes. Há inúmeros horários para visitações e degustações que podem ser facilmente encaixados no seu roteiro. Optamos então por fazer a visitação + degustação.

Vinícola Miolo

Como é a visita guiada na Miolo

A visita guiada começa ainda do lado de fora, no meio de algumas parreiras que estavam secas que só, devido a época do ano. Como estávamos no inverno, não havia uma uvinha bonita sequer para contar história. Ali mesmo o guia começa contando a história da vinícola e explicando qual tipo de terreno e clima é melhor para cada tipo de casta.

Uvinha sequinhas sequinhas…

Ao entrarmos de fato na fábrica nos deparamos com gigantes barris de carvalho que mais são para tirar fotos que outra coisa. O guia explica que eles já não são mais utilizados no processo de fabricação dos vinhos e nos leva então para a sala onde há os novos barris de armazenamento. Já dentro da cave há toda uma explicação sobre a forma como ocorre o armazenamento, os métodos de envelhecimento, o processo de resfriamento das pipas e o tempo que o vinho fica no barril de carvalho e dentro das garrafas.

Antigos barris de caravalho
Local com novos barris de carvalho

Seguimos o passeio por um corredor com caves que continham vários tipos de vinho ainda sem seus devidos rótulos, entre eles o top list da Miolo: o Lote 43.
O tour termina com uma degustação em uma salinha, de forma bem intimista. Provamos quatro rótulos diferentes.
Logo após a degustação, o passeio pela vinícola se encerra na loja de produtos. Previsível . rs
É possível achar alguns rótulos por preços mais em conta. Caso queira comprar e esteja preocupado em como despachar no avião, a maioria das vinícolas envia pelos correios por uma taxa a mais. Fizemos isso e valeu a pena.

Corredor cheio de caves
Vinhos engarrafados esperando o processo de envelhecimento
O famoso Lote 43

Enfim, o passeio de Maria Fumaça

Após o passeio pela Vinícola Miolo seguimos em direção à Carlos Barbosa novamente. Era chegado o momento de fazer o passeio de Trem de Maria Fumaça.
Para quem espera ver belíssimas paisagens ao longo do passeio, sinto muito. Serei a chata que irá acabar com suas esperanças. A graça toda desse passeio está dentro do trem e durante as suas paradas, onde há degustação de vinho e de suco de uva.

Ainda na estação
Maria Fumaça

Ao embarcar você ganha duas tacinhas para utilizar durante as degustações. Acima do seu banco terá um suporte para prendê-la e desta forma poder tirar uma foto estranha como essa. Tchanan

Tacinhas ainda vazias

Durante a viagem entram grupos fazendo apresentações de comédia, dançando e cantando músicas típicas, em sua maioria italiana. Certamente você será tirado para dançar por um deles e por mais que você fique com vergonha, você irá levantar, assim como eu. Rs
São feitas duas paradas: a primeira em Garibaldi, com muita música, vinho e suco de uva. A segunda em Bento Gonçalves, com mais música, vinho, suco de uva e agora uma pipoquinha pra finalizar.
O passeio então chega ao fim, e a partir dali o retorno a Gramado é feito novamente através da van da empresa.

Grupos musicais

A verdade é que há pontos positivos e negativos de fazer esse passeio de forma contratada com alguma empresa.
Como ponto positivo podemos citar o fato de poder fazer a degustação e beber vinho à vontade sem se preocupar em dirigir depois. E isso é algo muito importante realmente. Como ponto negativo há o fato de não haver flexibilidade no roteiro. Você fica condicionado a visitar o que está proposto na programação da empresa. O ideal é realmente analisar os prós e contras de cada tipo de roteiro e ver o que melhor se encaixa para você.

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Author

Carioca de nascimento. Educadora Física de profissão. Viajante de coração. Apaixonada pelas coisas simples da vida e intrigada pelas complexas. Costuma dizer que adora um sol, mas não dispensa os dias nublados.

2 Comments

  1. Giuliana Maieru Reply

    Olá,
    Pretendo fazer a viagem com a minha mãe e estou pesquisando sobre os passeios possíveis.
    Se você pudesse escolher entre conhecer apenas uma das vinícolas (Peterlongo e Miolo) qual delas escolheria?

    Muito obrigada pelas informações!!

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