Atualizado em 16 de fevereiro de 2023
Elevadores antigos, corredores aparentemente abandonados e escadas de metal te levam a conhecer um dos lugares mais descolados do Rio de Janeiro. Com seis andares, a antiga Fábrica Bhering se tornou um espaço criativo e cultural onde antes já reinou a decadência.
Após ficar anos fechado, o prédio que um dia abrigou uma fábrica de chocolates abriu as portas para lojas, artistas, eventos, exposições e bistrôs. E atualmente, esse é um dos passeios mais diferentes e interessantes para se fazer na Zona Portuária Carioca.
História da antiga Fábrica da Bhering
A Fábrica Bhering foi a primeira fábrica de chocolates e balas toffe do Brasil. O prédio da década de 30 tem história e teve a sua estrutura de aço importada da Alemanha. O relógio que fica no terraço é do século 20 e o elevador ainda mantém a sua porta pantográfica, tornando o passeio uma breve volta ao passado.
A construção foi feita de forma a priorizar bastante a luz natural, o que em conjunto com todo cenário industrial e fotogênico do lugar é um chamariz para ensaios fotográficos e filmagens. Aliás, as instalações da Fábrica Bhering já foram cenário de filmes como “Olga”, “Meu Nome Não é Johnny”, “Redentor”, além de clipes como o da música “Pesadão”, da cantora Iza. Mas para ensaios fotográficos ou qualquer outra coisa do tipo, é preciso agendar, ok?
Na década de 90 o prédio foi desativado, mas ainda é possível ver alguns maquinários e salas de operações da época em que havia produção industrial por lá.
Com o passar dos anos, as salas e demais espaços da fábrica começaram a ser alugados e ocupados com valores mais em conta pela classe artística, algo muito parecido com o que aconteceu nas décadas de 70 e 80 em Berlim, no pós-guerra, e na Hungria, com o surgimento dos ruins pubs, os bares em ruínas de Budapeste, nos anos 2000.
O que ver na Fábrica Bhering
Hoje em dia a Fábrica Bhering é conhecida por ser um polo cultural e criativo no Rio de Janeiro. Pelos seus andares há galerias de arte, ateliês, escritórios, exposições fotográficas e artísticas. Além disso, também há lojas de decoração, de moda independente e até mesmo de chocolates e outros tipos de comidinhas.
Aos sábados, quando acontece o Bhering de Portas Abertas, o local ganha ainda mais vida. Muitos ateliês abrem as suas portas, acontecem workshops, apresentações musicais, culturais e alguns restaurantes ainda fazem um cardápio especial.
A propósito, há três restaurantes na Fábrica Bhering: o De Rose Café & Bistrô, no térreo, o Ricardo Freitas Bistrô, no 2º andar, e o Conflor Vegan, no 3º andar. Nós já almoçamos no De Rose adoramos!
Dois destaques especiais são o terraço da fábrica, no sexto andar, com ateliês, muita arte nas paredes e uma vista incrível para o Centro do Rio, e a Livraria da Fábrica, um sebo e livraria com um acervo enorme e que, ainda por cima, é muito fotogênico!
Inclusive, já fica a dica de começar o seu passeio pelo terraço e descer aos poucos pelas escadas, conhecendo cada andar com calma e se encantando com cada manifestação artística.
Onde fica a Fábrica Bhering
A Fábrica Bhering fica no bairro de Santo Cristo, na Rua Orestes nº 28, na Zona Portuária do Rio de Janeiro.
Para quem vai de transporte público, a melhor opção é pegar o VLT e descer na rodoviária do Rio. De lá até a fábrica são cerca de 7 minutos andando.
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Tem estacionamento?
Ao lado da fábrica tem um estacionamento. Porém, não é gratuito. O valor muda de acordo com o dia e se está acontecendo algum evento específico, mas no geral, fica em torno de R$20,00.
Vale ressaltar que a Fábrica Bhering funciona de segunda a sábado, das 10h às 19h, mas o acesso é permitido somente até às 17h. Além disso, a entrada é gratuita.
Para mais informações, consulte o instagram do local.
Daqui pra onde?
Você pode aproveitar o seu passeio e estender até o Boulevard Olímpico do Rio, onde tem atrações como o Museu do Amanhã, o MAR (Museu de Arte do Rio) e a Yup Star Rio (roda-gigante).
Para um happy hour com direito a pôr do sol, o Bar do Omar, também no Santo Cristo, é uma dica e tanto. Lá tem cerveja gelada, bons petiscos e muito samba. Porém, só vale a pena ir se você não se incomoda com opiniões políticas diferentes da sua, ok?
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